Retrato: Lorena

Lorena, uma estudante de relações internacionais da Universidade de Brasília, fez um intercâmbio acadêmico semestral na Universidade de Rennes 2, na Bretanha. Ela escolheu fazer seu intercâmbio na França por causa de seu interesse na história e cultura francesa, especialmente porque a França foi o berço de muitos movimentos que mudaram o mundo. A escolha de Rennes também foi bem pensada, pois Lorena quis experimentar algo diferente da capital, que ela já havia visitado, para descobrir uma França mais interiorana.

Para Lorena, a adaptação à França não foi complicada e ela sente que foi muito bem recebida e supervisionada como estudante de intercâmbio estrangeira. Ela já tinha um bom nível de francês e pôde melhorá-lo graças aos cursos de FLE - Français Langues Etrangères oferecidos por sua universidade anfitriã.

"Os professores foram muito compreensivos com os alunos de intercâmbio; gostei muito da disponibilidade dos professores, que têm horários específicos nos quais eles ficam à disposição dos alunos Às vezes me pediram para fazer estudos comparativos entre o Brasil e a França", um exercício muito interessante para Lorena."

Se ela não tivesse efetuado um intercâmbio, Lorena admite que provavelmente teria tomado o caminho "clássico" dos estudantes de relações internacionais, que é a diplomacia, mas esse não era o caminho que ela queria tomar. Ela percebeu que as relações internacionais são necessárias em muitas áreas e não estão limitadas à diplomacia. Aplica-se ao comércio internacional, ao desenvolvimento de negócios, ajuda as empresas a se internacionalizarem, "É um campo completo".

“Foi esta troca que me permitiu sair do meu quadradinho brasileiro. O intercâmbio realmente abriu meus olhos.”

O intercâmbio universitário permitiu a Lorena compreender a realidade dos estudantes que ela encontra em seu trabalho atual. Durante sua pós-graduação (mestrado) na Universidade de São Paulo (USP) em Gestão de Negócios, Lorena encontrou um emprego como especialista em gestão de contas, em uma empresa internacional, uma escola para programadores e é responsável por acompanhar os alunos até o final de sua formação. Ela está em contato com pessoas de todos os países do mundo. Seu intercâmbio foi formativo e a ajuda em seu trabalho para entender os antecedentes e diferenças culturais das pessoas que ela acompanha diariamente. Se a oportunidade surgir, Lorena gostaria de voltar à França, principalmente para trabalhar em uma ONG francesa.

"Esse intercâmbio abriu meus olhos. Esta experiência me deu a oportunidade de descobrir novas culturas, de aprender o funcionamento social de outro país e me deu elementos de comparação para poder redescobrir o caso do Brasil.”